quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Assine a petição em favor da Ficha Limpa no Senado: Renan não!




Caros amigos do Brasil,



Senador Renan Calheiros é o favorito para ser o próximo presidente do Senado. Eleacaba de ser denunciado criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República. Somente uma mobilização gigantesca pode impedir esta vergonha e garantir que a presidência do Senado seja assumida por um candidato Ficha Limpa. Clique abaixo e assine:


Sign the petition
Senador Renan Calheiros, que acaba de ser denunciado criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República, é o favorito para ser o próximo presidente do Senado. Somente uma mobilização gigantesca pode impedir esta vergonha. 

A última vez que Renan Calheiros foi Presidente do Senado, em 2007, ele teve que renunciar após sérias denúncias de que um lobista pagava suas despesas pessoais, paralisando o Senado por meses. A denúncia agora é que para se defender daquelas acusações ele apresentou notas falsas. Após a aprovação da lei da Ficha Limpa e do julgamento do Mensalão o país precisa deixar claro que não aceita mais que a moralidade pública fique em segundo plano. 

Antes da denúncia ao STF, Renan era franco favorito, mas agora está surgindo uma forte articulação entre os Senadores contra sua candidatura e uma mobilização popular gigantesca nas próximas 48 horas -- antes da eleição na sexta-feira -- pode enterrar de vez os Planos de Renan. Assine agora essa petição, que foi criada pela ONG Rio de Paz, e ao atingirmos 100.000 assinaturas ela será lida no plenário do Senado por Senadores que se opõem a Renan:  

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?btSbVab&v=21485 

Não podemos assistir de braços cruzados um Senador que acaba de ser denunciado criminalmente ser eleito Presidente de um dos Poderes da República, que tem o poder de decidir quais os projetos devem ser ou não votados e é o terceiro na linha sucessória da Presidenta da República. 

A acusação mais recente contra o Senador é que ele apresentou notas falsas para se defender das acusações anteriores. Além dos danos à imagem de nossas instituições causados por essa eleição, está claro que Renan passará sua gestão se defendendo de acusações ao invés de conduzir votações importantes no Senado. Um país que se orgulha de ter uma lei como a Ficha Limpa deve se mobilizar contra isso. 

Nossos informantes em Brasília afirmam que apenas uma enorme mobilização popular pode fazer os Senadores perceberem que suas reputações estarão em risco caso insistam em conduzir Renan Calheirospara a Presidência do Senado. Por isso, é fundamental espalhar essa petição por todos os cantos para chegarmos a 100.000 assinaturas e podermos ter nossas vozes amplificadas no plenário do Senado durante a votação. Assine aqui e compartilhe com todos: 

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?btSbVab&v=21485 

Nos últimos anos a comunidade da Avaaz tem se fortalecido e lutado contra a corrupção no Brasil. Juntos ajudamos a aprovar a Lei da Ficha Limpa, proteger comunidades indígenas e os direitos dos trabalhadores. Vamos nos unir mais uma vez pela eleição de um presidente Ficha Limpa para o Senado, uma conquista de todos nós. 

Com esperança e determinação, 

Pedro, Diego, Carol, Alice, Laura, Dalia, Ricken e toda a equipe da Avaaz 


MAIS INFORMAÇÕES: 

Gurgel afirma que provas contra Renan Calheiros são consistentes (Terra)
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/gurgel-afirma-que-provas-contra-renan-calheiros-sao-consistentes,a60ea4522f68c310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html 

Gurgel apresenta denúncia no Supremo contra Renan Calheiros (G1)
http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/01/gurgel-apresenta-denuncia-no-supremo-contra-renan-calheiros.html 

Senadores articulam nome alternativo a Renan Calheiros para presidir Senado (Zero Hora)
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2013/01/senadores-articulam-nome-alternativo-a-renan-calheiros-para-presidir-senado-4026909.html 

Gurgel diz que acusação contra Renan é 'extremamente consistente' (G1)
http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/01/gurgel-diz-que-acusacao-contra-renan-e-extremamente-consistente.html 

Eduardo Suplicy pede que Renan Calheiros desista de candidatura (Gazeta do Povo)
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1340001 

Renan Calheiros é denunciado por supostas notas frias (UOL)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/01/27/renan-calheiros-e-denunciado-por-supostas-notas-frias.htm 

Aécio Neves sugere que Renan Calheiros desista de presidir Senado (Gazeta do Povo)
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=133999 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

REFLEXÕES SOBRE A COBERTURA DA MÍDIA NA TRAGÉDIA DE STA.MARIA (RS)



Por Saulo Calderon


Tenho deixado de abrir sites de notícias por causa do apelo psicológico intenso que colocam nas capas, do tipo:

- Veja fotos de quem morreu!
- Bombeiro falou que lembrou da filha ao ver os corpos!
- Mãe disse para filho não ir!
- Corpos estavam no banheiro.
- Um foi achado em posição de prece!
- Etc…

No fundo nada disso é útil pra ninguém, no entanto parece que ficar martelando isso na mídia é algo dominante.
E parece que há público, pois o que não faltam são comentários revoltados (nos poucos que ainda olhei por curiosidade para saber como estavam vibrando).

Respeito, compreendo e até é mesmo comovente.
Só que é um gasto emocional, energético e consciencial praticamente inútil!
Só busca pela curiosidade, pela revolta e por olhar por olhar!

Vibrar é positivo e vale a pena, para aqueles que querem ser mesmo úteis o ideal é:

- Silenciar a mente e vibrar positivo ou pensar o melhor possível.
- Levar o nome ou o caso como um todo para igrejas, centros espirituais ou mesmo na hora que for deitar para que todos fiquem bem, tanto quem foi, como quem ficou( família), e nós aqui.
- Tentar sempre educadamente tentar direcionar as pessoas numa melhor forma de pensar, para não parecer imposição e compreendendo que ainda somos assim.
- etc…

Claro que não estou aqui fazendo o inconsciente coletivo onde olhamos somente para uma tragédia atual e não as que temos por aí como:
- Pessoas doentes em hospitais.
- Com fome.
- Frio
- Violências como um todo, etc…

Refletir é bom, pois não podemos fingir que as coisas não acontecem, mas direcionar da melhor forma possível as lembranças e acontecimentos que estão nossa frente.

Se há alguma coisa útil a ser feita, acredito que no momento é essa.
E não se deixar abater por causa da grande comoção robotizada que todos entramos e na grande apelação que a mídia está fazendo em cima de todos nós.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Governo do Paraná cria Assessoria Especial da Juventude



Governador Beto Richa (à Direita) cria uma assessoria especial para a Juventude em um estado que não por  acaso tem os melhores índices de desenvolvimento Juvenil do Sul do País.

O governador Beto Richa instituiu nesta quinta-feira (24/01) a Assessoria Especial para Assuntos de Políticas Públicas para a Juventude (AEJ), que tem com o objetivo articular e garantir os programas e projetos destinados ao público jovem das secretarias e órgãos do Governo do Estado. “É uma estrutura voltada exclusivamente aos interesses da juventude paranaense e mais um compromisso colocado em prática do plano de governo”, disse o governador. O Paraná concentra 2,7 milhões de jovens, com idade compreendida entre 15 a 29 anos, segundo o Censo Demográfico do IBGE 2010. 


A estrutura tem como metas participar da criação dos Conselhos Municipais da Juventude no interior do Estado, estimular o acesso do jovem aos bens públicos (equipamentos esportivos, educacionais e culturais) e promover ações de capacitação e desenvolvimento do jovem. A assessoria é responsável também por elaborar e implantar a Política Estadual da Juventude, em conformidade com a Política Nacional de Juventude.

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani, afirmou que a assessoria está diretamente ligada às ações de governo nas mais diversas áreas como cultura, educação, saúde, segurança pública, esporte, justiça e cidadania. “É um avanço fundamental no Governo do Paraná no que diz respeito à projeção desse importante segmento social”, destacou.

Para o cargo de assessor especial foi nomeado o historiador e ex-presidente da Casa do Estudante Luterano Universitário, Edson Lau Filho. Lau Filho explicou que além de medidas integradas com as secretarias e órgãos do governo, a Assessoria da Juventude buscará também a promoção de ações voltadas ao segmento com os órgãos e entidades federais, municipais e internacionais. “De forma integrada o governo estadual atenderá com políticas públicas os jovens paranaenses, que representam cerca de 25% da população”, disse. Segundo ele, o Paraná é o Estado da região Sul do país que apresenta o menor Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ), indicador da Unesco que aponta a qualidade de vida e o grau de vulnerabilidade da população jovem.

O projeto de Lei 640/2012, que cria a Assessoria Especial para Assuntos de Políticas Públicas para a Juventude (AEJ), foi aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2012

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Jornalista Lúcio Flávio Pinto é condenado a pagar 410 Mil reais a Rômulo Maiorana


Jornalista paraense é novamente condenado a pagar indenização exorbitante a empresário

Os mais de 30 processos judiciais movidos contra Lúcio Flávio Pinto desde os anos 1990 representam uma tentativa de inviabilizar a produção do jornal alternativo que denuncia fraudes e desmandos de empresários e grupos de poder locais.
Lúcio Flávio Pinto © Miguel Chikaoka
Lúcio Flávio Pinto © Miguel Chikaoka
Belém, 23 de janeiro de 2013 – Reconhecido no final do ano passado com o Prêmio Especial Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, entre as várias homenagens recebidas por seu trabalho nos últimos anos, o jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, que edita há 25 anos o Jornal Pessoal, foi novamente condenado pelo judiciário paraense. Desta vez, ele deverá pagar a quantia de R$ 410 mil (ou 600 salários mínimos) ao empresário Romulo Maiorana Júnior e à empresa Delta Publicidade S/A, de propriedade da família dele, também detentora de um dos maiores grupos de comunicação da Região Norte e Nordeste, as Organizações Romulo Maiorana.
A decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, que negou o recurso interposto pelo jornalista no primeiro semestre de 2012, data de 21 de novembro de 2012, mas foi publicada apenas em 22 de janeiro com uma incorreção e, por causa disso, republicada nesta quarta-feira, dia 23. O jornalista vai recorrer da decisão, tentando levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teme que a condenação seja confirmada.
Romulo Maiorana Júnior alega ter sofrido danos morais e materiais devido à publicação, em 2005, do artigo “O rei da quitanda”, no qual o jornalista abordava a origem e a conduta do empresário à frente de sua organização. Por causa desse texto, em 12 de janeiro do mesmo ano, Lúcio Flávio foi agredido fisicamente pelo irmão do empresário, Ronaldo Maiorana, junto com dois seguranças deste em um restaurante de Belém.
Depois da agressão, o jornalista também se tornou alvo de 15 processos judiciais, penais e cíveis, movidos pelos irmãos. Chegou a ser condenado em 2010 a pagar uma quantia de R$ 30 mil, mas recorreu da decisão do juiz Francisco das Chagas. A recente decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, se confirmada, significará um duro golpe às atividades desempenhadas por ele, que não dispõe de recursos financeiros para arcar com as indenizações.
Lúcio Flávio Pinto, que já perdeu todas as vezes em que recorreu às condenações judiciais e vê nesses processos uma clara tentativa de impedimento à realização do seu trabalho junto à imprensa, lamenta o fato de juízes e o próprio Tribunal de Justiça do Pará não terem avaliado o mérito dos recursos por ele apresentados.
“Os tribunais se transformaram em instâncias finais. Não examinam nada, não existe mais o devido processo legal. E isso não acontece só comigo. São milhares de pessoas em todo o Brasil, todos os dias, que não têm direito ao devido processo legal. Em 95% dos casos julgados no país rejeitam-se os recursos. Não tem jeito”, afirma, novamente temeroso diante dessa situação por não acreditar que o STJ acolha um novo recurso. Ele também informa que há outra ação judicial em curso, ainda a ser julgada, na qual Romulo Júnior pede R$ 360 mil de indenização também por danos morais e materiais.
Perseguição judicial – Lúcio ficou ainda mais conhecido no início de 2012 quando foi alvo de uma condenação que mobilizou pessoas e organizações, nacionais e estrangeiras, que o obrigaria a indenizar a família do falecido empresário Cecílio do Rego Almeida. O crime teria sido chamar de “pirata fundiário” o homem que tentou fraudar e se apropriar ilegalmente de quase 5 milhões de hectares de terras públicas, na região paraense do Xingu, denúncia posteriormente comprovada pelo próprio Estado.
Por fazer uma radiografia minuciosa e crítica da região, o que o tornou um dos maiores especialistas em temas amazônicos, e reportar tentativas de fraudes aos cofres públicos, erros e desmandos do poder judiciário local, o jornalista foi alvo de exatos 33 processos desde 1992.
Já sofreu agressões físicas e verbais por causa de seus artigos, sem declinar o direito de veicular informações de interesse público, em seu jornal quinzenal reconhecido pela qualidade do conteúdo em detrimento de uma produção quase artesanal.
Veja a íntegra da decisão do TJE que rejeitou recurso de Lúcio Flávio Pinto e manteve decisão em favor de Rômulo Maioranahttps://www.facebook.com/groups/283531198379325/permalink/456926714373105/

Justiça processa LÍDER por danos a empregados






BELÉM - O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma ação civil pública por dano moral coletivo, no valor de R$ 3 milhões, contra o Grupo Líder, uma das principais redes de supermercados do Pará - e uma das 20 maiores do Brasil - devido a uma série de denúncias feitas por trabalhadores contra o grupo desde 2008. A empresa é dona de um shopping em Belém, 16 lojas de supermercados, 15 farmácias e 10 magazines.
As denúncias, comprovadas em fiscalização pelo MPT e apontadas na ação como "estarrecedoras", eram principalmente sobre a prática de desvio de função e ausência de descanso semanal remunerado, além de problemas na potabilidade da água fornecida, desrespeito às convenções e acordos coletivos, e jornada de quatro domingos consecutivos por mês, dentre outras reclamações.
Foi tentada uma solução extrajudicial e a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para sanar as irregularidades, mas a direção do Grupo Líder recusou o acordo. "O empregador se mostrou insensível ao apelo dos agentes públicos, incluindo o Ministério Público", diz na ação o procurador do Trabalho, José Carlos Souza de Azevedo. Desse modo, não restou alternativa ao MPT, senão o ajuizamento de ação, requerendo reparação das "lesões ao tecido social".
As diligências atestaram que o grupo efetuava pagamentos diferenciados a empregados que exerciam mesma função, exigia o uso de uniformes completos porém não os fornecia e que o limite de peso fixado para o transporte manual no setor de portaria de carga estaria prejudicando a saúde dos trabalhadores. A audiência inaugural entre as partes foi marcada para o próximo dia 31.
Segundo o MPT, restou caracterizada a prática de dumping social, que consiste na redução dos custos de um negócio com base na eliminação de direitos trabalhistas, resultando em prejuízos tanto à concorrência, quanto à sociedade como um todo.
O diretor da empresa, Oscar Rodrigues, declarou à reportagem ter ficado "surpreso" com o processo, afirmando que as acusações contidas na ação do MPF seriam "totalmente improcedentes". Ele não quis comentar a respeito das tentativas de acordo extrajudicial para evitar o processo, adiantando apenas que os advogados do grupo estão prontos para contestar em juízo os argumentos da procuradoria do Trabalho. "Eu confio na Justiça", resumiu o empresário.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Bailarina brasileira do Bolshoi fala sobre atentado contra diretor artístico do Teatro


Em entrevista exclusiva à Voz da Rússia, Mariana Gomes conta a repercussão do incidente de que foi vítima Sergey Filin, atingido por ácido na última semana
              
                  A bailarina de primeira categoria do Corpo de Baile do Teatro Bolshoi, de Moscou, Mariana Gomes, falou com exclusividade ao programa Voz da Rússia sobre o clima de pesar e apreensão entre os artistas do Bolshoi, após o atentado sofrido pelo diretor artístico do Balé do Teatro, Sergey Filin, que foi atingido no rosto pelo ácido atirado por um homem na última semana.
                 
                 Mariana Gomes, nascida em Minas Gerais e criada em Salvador, Bahia, foi aluna da Escola do Teatro Bolshoi de Joinville, Santa Catarina, e há sete anos é contratada do Corpo de Baile do Bolshoi de Moscou, dançando como solista e participando de turnês por vários países do mundo, ao lado de alguns dos maiores artistas do balé mundial.


Mariana Gomes, bailarina de primeira categoria do Bolshoi, de Moscou, em foto feita em Pequim, durante turnê pela China

A seguir, a íntegra da entrevista de Mariana Gomes, concedida ao jornalista Arnaldo Risemberg.
Voz da Rússia: Mariana, nós gostaríamos que você falasse sobre Sergey Filin, o diretor artístico do Corpo de Baile do Teatro Bolshoi. Qual a impressão, qual é a imagem que você tem dele?
Mariana Gomes: Eu tenho o maior respeito pelo Sergey. Quando eu comecei a trabalhar, ele era primeiro bailarino, solista. Então, antes de diretor, eu o conheço como artista, como uma pessoa que me ajudou sem mesmo me conhecer quando ele ainda era artista e eu tive um problema com o teatro. Depois disso, quando eu soube que ele ia ser diretor, fiquei superfeliz, porque ele realmente é uma pessoa de coração enorme. Agora, como diretor, eu o admiro mais ainda. Ele sabe conversar com os artistas, sabe como lidar com cada situação. Por várias vezes estive conversando com ele, quando meu pai adoeceu, ele me liberou para ir ao Brasil. Então, ele sempre foi, assim, um grande coração. Hoje mesmo foi nosso dia de folga aqui e houve uma reunião, fomos para uma igreja com o pessoal do Teatro, a mãe dele estava lá... Realmente, a gente está num estado de choque, sem acreditar que isso [o atentado contra Filin] aconteceu, mas está todo mundo tentando ajudar como pode.
VR: O atentado contra Sergey Filin ocorreu na noite de quinta-feira, 17 de janeiro. Ele foi vítima de uma pessoa que saltou de uma motocicleta e atirou ácido em seu rosto, provocando graves queimaduras. Filin ainda está hospitalizado ou já teve alta, Mariana?
MG: Não, ele ainda está hospitalizado, já passou por duas cirurgias... E, segundo a última notícia que eu tive, ele está por enquanto sem visão e só reage à luz.
VR: Então, não há uma previsão de quando ele terá alta hospitalar.
MG: Não, simplesmente não temos nenhuma previsão.
VR: E há alguma notícia sobre quem poderia ser o responsável por esse atentado?
MG: A gente não tem notícia. A gente sabe que muita gente culpa artistas, julga os artistas, mas eu sempre vou acreditar que isso não é possível. Não imagino que uma ambição possa chegar a esse ponto. Uma ambição de funções e de papéis em teatro. Eu acho que pode ser alguma outra coisa, que possa envolver coisas de que a gente não tenha noção.
VR: Você nos disse que no início da semana houve um culto religioso pela recuperação de Sergey Filin. E nós, aqui no Brasil, recebemos informações de que ele provavelmente prosseguirá com seu tratamento médico fora da Rússia. Você tem alguma informação sobre isso, Mariana?
MG: Sim. A família dele tinha comentado sobre a Bélgica, apesar de todos os jornais estarem divulgando Alemanha, mas por enquanto ele não tem condições de viajar por estar ainda no pós-operatório. Só estão esperando a reação dele... E não há nada certo ainda.
VR: E as notícias mais recentes? Os médicos já disseram se a visão dele está comprometida, se há possibilidade de recuperação?
MG: Está comprometida, sim.
VR: Totalmente comprometida?
MG: É, a gente está com esperanças ainda, mas... Está delicado.
VR: Muito delicado o estado dele. E em qual hospital ele se encontra?
MG: Ele está no Hospital 36.
VR: Mariana, você chegou a participar de algum espetáculo com o Sergey Filin?
MG: Claro, de vários. Quando eu cheguei, ele ainda era bailarino. A gente dançou, por exemplo, “Cinderela”, “Lago dos Cisnes”...
VR: E agora, como diretor, ele ainda participava como bailarino ou ficava apenas na direção?
MG: Já estava aposentado como bailarino. Ele trabalhava apenas como diretor, mesmo. A gente conversava bastante, ele me dava papéis... Ele me deu um solo agora há pouco.
VR: De qual balé?
MG: “O Quebra-Nozes”. Foi agora mesmo, no início de janeiro...
VR: Mariana, o que você gostaria de dizer aos brasileiros sobre Sergey Filin e sobre o que os artistas do Bolshoi estão sentindo em relação a esse atentado da semana passada?
MG: Quero deixar a todos a mensagem de como é difícil ser artista, entrar no palco, passar para o público essa energia boa, essa felicidade, quando às vezes, dentro da gente, não é nada disso que está acontecendo. E eu realmente quero acreditar que isso [o atentado] não veio de nenhum artista, que ninguém seria capaz de fazer isso ali dentro, que todo mundo ama o que faz e que, por mais insatisfeito que o artista esteja, ele jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas. Eu quero acreditar que isso não é possível. Isso deixa na nossa cabeça muita dúvida... E uma dor enorme... por uma pessoa tão boa, talentosa e carismática. É muito triste. Ele tem dois filhos pequenos, e nessas horas a gente tem que pensar na família e não na profissão.
VR: O que nós sabemos aqui é que ele já vinha sendo alertado de que alguma coisa grave poderia acontecer, mas ele não imaginava que a situação fosse chegar a esse extremo.
MG: Isso.
VR: Mariana Gomes, nós, da equipe da Rádio Voz da Rússia e do site Diário da Rússia, pedimos que você transmita a Sergey Filin e à família desse grande artista a nossa solidariedade. Todos nós aqui estamos unidos pela pronta recuperação do diretor artístico do Corpo de Baile do Teatro Bolshoi de Moscou.
MG: Está bem, muito obrigada.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Grafiteiros mudam a cara de Bairros deteriorados de SP.E os de Belém (PA), onde estão?


Grafiteiros revitalizam muros deteriorados com arte de rua
Uma equipe de 10 grafiteiros comandada pelo artista Binho Ribeiro revitalizou 20 pontos da cidade de São Paulo por meio do graffiti. Muros deteriorados de bairros de diferentes regiões da cidade foram cobertos com arte de rua.

Os locais que receberam a revitalização artística foram escolhidos a partir de sugestões de cidadãos por meio da página da fabricante de papel higiênico responsável pela iniciativa. Os muros estilizados ficam na República, Perdizes, Água Fria, Freguesia do Ó, Aricanduva, Vila Guilherme, Parada Inglesa, Vila Izolina Mazzei e Tucuruvi