terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Última postagem de 2013




A Arte de ser sábio é a arte de saber o que ignorar" (Willian James)

Sabem porque 90% das promessas de final de ano não se cumprem no ano seguinte? é porque usamos somente nosso 'Consciente' e esquecemos de trabalhar nosso 'Subconsciente', minha dica: Faça um trabalho interior para que teus desejos se realizem. Há muitas técnicas, eu dou a dica da EFT (pesquisem na net, muito boa) e, aí sim, atrairás para 2014 relacionamentos, prosperidade, saúde e muita PAZ e LUZ, pois todos nós merecemos! dada a dica, O Blog Tribo dos caboclos deseja a ti um 2014 abençoado e que todas as tuas promessas se realizem! Namastê! _/\_

FUTEBOL PERDE GRANDE E HABILIDOSO ASTRO.

                              Ilia Tsimbalar: Craque do Spartak e da Seleção Russa (1969-2013)

O Futebol é um esporte fascinante em vários aspectos. Um deles é o de que, embora tenha sido os ingleses os inventores, vários países do mundo criam suas histórias e conquistas no Esporte de acordo com seu nível de competitividade. O Taití, por exemplo,  uma ilha no pacífico que participou da Copa das Confederações em Junho no Brasil, certamente saiu da competição vitorioso. Não ganhou nada, pelo contrário, perdeu as três partidas e levou 24 gols e só fez 1. Mas isso pouco importa, a simplicidade e carisma o fizeram angariar simpatia e aplausos da torcida brasileira à tudo que fizessem, mesmo que fosse algumas poucas trocas de passe. Saíram com o sentimento de dever cumprido.

É um esporte injusto, é verdade, muito em função das regras que os "velhinhos da FIFA" insistem em não atualizar, e também por darem por demais poder às interpretações subjetivas aos árbitros, que são seres humanos falíveis, (e/ou manipuláveis...)  e que tal problema poderia ser resolvido com o auxilio da tecnologia, que eles tem horror.

E mesmo se a FIFA ajeitasse isso, o esporte não perderia seu encanto, pois seu nível de imprevisibilidade sempre será alto. Quem imaginaria que o esquadrão húngaro de 1954 perderia a Copa depois de quatro anos invictos e vencendo de goleada todas as melhores seleções do mundo na época? perderam na final para alemães apenas esforçados, que eles haviam trucidado dias antes por sonoros 8x3!

E os holandeses 20 anos depois com o seu carrosel? revolucionaram o futebol colocando os adversários na roda com suas táticas inovadoras. Também perderam na final, depois de fazerem 1x0 sem que o adversário tocasse na bola. Grande Injustiça!

O Brasil também merecia ter vencido com sua plêiade de craques de 1982, cujo mestre Telê conseguiu a proeza de colocar no mesmo time e o fazerem jogar por música: Zico, Sócrates, Falcão, Éder, Júnior e cia Ltda. Em um time de craques, curiosamente foram eliminados sofrendo três gols de um perna-de-pau chamado Paulo Rossi, que não fez outra coisa na carreira de mais importante do que aqueles gols em 1982. Ironias do Futebol!

Muitas vezes o futebol se ganha mais pela robustez emocional e psicológica do que somente pelo talento. Talvez isso explique como um jogador de enorme talento e com uma canhota tão talentosa como a do russo Ilia Tsimbalar tenha passado despercebida por grande parte do público do mundo da bola, (principalmente no Brasil).

Ele morreu no último dia 28 de Dezembro, aos 44 anos, vítima de ataque cardíaco em sua casa. A Ambulância chegou a ser chamada mas quando chegou o ex-jogador já estava morto.

Vi o Tsimbalar jogar várias vezes, nos canais de futebol internacional, como a ESPN, e me encantava com seus gols, sua habilidade e sua visão de jogo. O Vi jogar na Liga dos Campeões pelo Spartak, e também pela seleção Russa. Nunca esqueço uma falta que cobrou com perfeição como se a bola tivesse sido colocada 'com a mão' no ângulo esquerdo do goleiro alemão Ilgner, do Real Madrid, em uma partida em que o Spartak venceu por 2x1.

Pela seleção fazia jogadas sensacionais, como um drible que deu desconcertante no famoso zagueiro alemão Mathias Sammer, na Euro 1996. Deu também um drible magistral no então zagueiro campeão mundial pela França Marcel Desailly, já quase na linha de fundo, dando um passe para Karpin chegar batendo, dando uma vitória inesquecível da Rússia sobre a França por 3-2 em pleno palco da final de 98 em Saint-Dennis.

Se Tsimbalar tivesse jogado na Europa, - como inexplicavelmente não jogou - tería obtido grande sucesso. Jogou e se destacou no Spartak de Moscou, onde jogou 204 partidas e marcou 54 gols, seis vezes campeão da Rússia, (93, 94, 96, 97, 98 e 99) além de ter jogado 28 partidas pela seleção marcando 4 gols.

Para quem gosta de futebol-arte, e o viu jogar, sabe que o futebol perdeu um grande artista da bola.



Alguns momentos do Ilia:


Gol da falta de Tsimbalar contra o Real Madrid pela Liga dos Campeões.
http://www.youtube.com/watch?v=KPsd4oFRFD4

Lance em que ele dribla magistralmente Marcel Desailly e dá a assistência para o gol de Karpin na vitória da Rússia sobre os campeões mundiais franceses em Paris:
http://www.youtube.com/watch?v=bugswl3vHG4

Resumo de alguns de seus gols e jogadas em poucos minutos
http://www.youtube.com/watch?v=YDjEci3lqhU

Aqui também (com trilha sonora)
http://www.youtube.com/watch?v=mJ43oibZRHc

RESUMO EM NÚMEROS DE SUA CARREIRA

Jogou sete temporadas pelo Spartak de Moscou, onde disputou 204 partidas e marcou 54 gols. Foi seis vezes campeão da Rússia (93,94, 96, 97, 98 e 99) ganhou duas copas da Rússia (94 e 98) e em 1995 foi nomeado o melhor jogador da Rússia. Por quatro vezes ele entrou no número um da lista dos 33 melhores jogadores da Rússia (94, 95, 96, 98) e de 1994 a 1999 defendeu a seleção Russa, para a qual jogou 28 partidas tendo marcado 4 gols. Jogou a Copa do Mundo de 1994 nos EUA e a Eurocopa de 1996, na Inglaterra.






sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A usina de Belo Monte é boa para o Brasil?



Por ANDRÉ VILLAS-BÔAS

 INADIMPLÊNCIA SOCIOAMBIENTAL

Carro-chefe do PAC, instalada em uma região da Amazônia com ausência histórica do Estado, Belo Monte é símbolo de inadimplência socioambiental. Obrigações do poder público e da empresa responsável pela construção da usina, a Norte Energia, têm sido sistematicamente descumpridas.

Apesar de a obra estar sendo planejada há 30 anos, a região atingida para receber a terceira maior hidrelétrica do mundo não obteve os investimentos e ações necessários para mitigar e compensar de maneira adequada seus impactos.

O mais caro e polêmico empreendimento do país chegou em 2013 ao pico de sua própria contradição. Praticamente 50% da usina está pronta, mas o mesmo não pode ser dito das obrigações socioambientais que deveriam acompanhá-la. O descumprimento, verificado pelo Ibama e pela Funai, não se traduz em ações corretivas. As mais graves sanções administrativas não passaram de algumas multas em valores irrisórios para um empreendimento orçado em quase R$ 30 bilhões.

Temas sensíveis à Amazônia como o desmatamento e a sobrevivência de populações ribeirinhas e indígenas têm sido tratados com descaso, sobretudo os últimos. Antes de promover investimentos estruturados para mitigação e compensação dos impactos, R$ 100 milhões foram gastos em quinquilharias consumistas para cooptar lideranças, em um padrão clientelista de relacionamento inaceitável.

Os programas de prevenção ou diminuição dos impactos relacionados à saúde indígena e à integridade de seus territórios, pressionados pelo aumento de renda e população trazidos à região pela obra, não saíram até hoje do papel, apesar de sua implantação ter sido prevista para antes do início da construção. A taxa de mortalidade infantil indígena em Altamira (PA) é quatro vezes superior à média nacional.

Se a usina ficar pronta antes de o aterro e o sistema de esgoto entrarem em pleno funcionamento –obras que estão dois anos atrasadas–, a parte do rio Xingu que envolve Altamira ficará contaminada, afetando a população da cidade.

Nesta semana, em decisão unânime, a Justiça ordenou parar a construção da usina até que fossem atendidas plenamente as obrigações socioambientais prometidas quando da licença ambiental.

Diversas vezes o governo conseguiu derrubar a paralisação da obra usando uma medida judicial criada à época da ditadura, a suspensão de segurança, que se baseia no argumento de que o cronograma da obra é mais relevante que os direitos das populações atingidas. Isso dá à empresa a sensação de estar acima das leis estabelecidas no país simplesmente por tocar uma obra considerada "estratégica".

O empreendimento esbarra em grave conflito de interesses. A União tem participação acionária de 50% na Norte Energia. A obra é 80% financiada pelo BNDES, vigiada permanentemente por 90 homens da Força Nacional de Segurança e defendida judicialmente pela Advocacia-Geral da União. Paradoxalmente é fiscalizada pelo Ibama, órgão de governo federal.

Não existe nenhuma instância de controle social efetivo nem mecanismo independente de fiscalização. Essa blindagem é um vício de origem da implementação de obras de infraestrutura, entre as quais Belo Monte se destaca pela forma com que foi imposta à sociedade brasileira sem oitivas aos povos indígenas e com audiências públicas meramente formais, para inglês ver.

A somatória de erros de Belo Monte não pode se repetir na Amazônia. A ausência de planejamento socioambiental responsável e respeito às instituições democráticas vão na contramão de qualquer projeto de desenvolvimento sustentável.

ANDRÉ VILLAS-BÔAS, 57, indigenista, é secretário-executivo do Instituto Socioambiental (ISA)

domingo, 22 de dezembro de 2013

Diário do Pará Manipula Informações do IBGE sobre mortes violentas para atingir Governo Jatene






(Clique na imagem para ampliar)



Extra-Extra mais uma manipulação do Diário de Honduras...ops, do Pará....

Que o Jornal (?) dos Barbalhos queiram promover a candidatura (à Governador) do filho do dono do Jornal, Helder Barbalho, usando a tática arcaica e rasteira de denegrir e execrar o oponente, (no caso o atual Governador Simão Jatene)  isso não é nenhuma surpresa....afinal de contas, aquele jornal foi feito para isso mesmo: Promover politicamente seu dono, seus parentes e àqueles a quem ele apoia.

O problema é que o Jornalismo sério e combativo foi para o espaço com tantas intenções politicas rasteiras.E diga-se que havia até um esforço de jornalistas sérios dentro do jornal de o profissionalizar, mas ficavam sempre atados à bola de ferro imposta pelos seus donos, sedentos de poder e dinheiro....

Eram também tratados como escravos, pois eram pagos com salários aviltantes e fora o Bulling e a coerção de quem eram vítimas, inclusive com imposição para produzirem material ofensivo e mentiroso contra adversários políticos.

Até explodir a penela de pressão...mas isso é uma outra história...

 Depois de estampar uma foto de um Hospital de Honduras, e dizer que era a Santa Casa de Misericórdia do Pará, em uma manipulação tão primária quanto perversa, mostrando que os Barbalhos são capazes de tudo para enganar e mentir, veio uma sucessão de matérias atacando o atual Governador Simão Jatene seja com dados falsos e/ou manipulados seja com montagens.

Quando estavam como aliados do Governo do Estado, Jatene era o melhor governador do mundo, da noite para o dia, quando Jader fechou em Brasília - em jantar regado a caviar e salamaleques - acordo com o PT de DILMA para a candidatura de seu filho,  ele virou o pior Governador do Mundo e o Pará, a ante-sala do inferno.

A última, a de sábado, 21 de Dezembro, outra manipulação com os números para deixar a população paraense desnorteada com a desinformação que só beneficia aos Barbalhos: de que o estado seria o campeão no ranking de mortes violentas. Como mostra o quadro acima, é uma mentira deslavada, pois o IBGE MOSTRA CLARAMENTE, quem lidera é o Estado de Sergipe, o Pará só aparece depois de uma fileira de estados.

A questão que se impõe é a seguinte, eles acham mesmo que estão enganando?


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Erro de projeto para transporte fluvial gera gastos bilionários no Pará

 

  Pelo calendário do Ministério dos Transportes, o problema já deveria ter sido resolvido, desde julho de 2011. Hidrovias desafogariam estradas no transporte de produtos agrícolas.

Essa reportagem certamente te deixará indignado. Porque nossa vida seria mais fácil, seria mais barata, o Brasil lucraria mais e poluiria menos, simplesmente se soubéssemos ou pudéssemos usar os rios que cortam todo o país.
Exemplo: economizaríamos quase R$ 4 bilhões por ano. E tiraríamos milhares de caminhões de nossas estradas.
Começa agora mais uma reportagem da série especial “Brasil: quem paga é você”.
Navegar não somente é preciso, mas sobretudo é possível no Brasil, que tem 63 mil quilômetros de rios, lagoas, represas e canais que podem ser usados para a navegação. Só que nem um quarto desses percursos navegáveis é aproveitado.
O meio de transporte mais barato que existe e que permitiu a expansão das fronteiras do Brasil Colonial é hoje considerado um projeto naufragado em descasos e burocracias da república.
Apenas 7% de todas as cargas brasileiras são transportadas por hidrovias. Pelas contas da Confederação Nacional dos Transportes, pelo menos metade dos produtos made in Brazil poderia circular por rios. Mas isso, se tais caminhos estivessem, de fato, abertos.
O Fantástico viajou por 5.700 quilômetros de rios para mostrar o que faz o transporte fluvial brasileiro encalhar.

Norte do Mato Grosso
Norte de Mato Grosso. É onde ficam algumas das maiores e mais produtivas lavouras de soja e milho do planeta. Produzem anualmente 50 milhões de toneladas de grãos.
Riqueza que sai de lá em 1,7 milhão de viagens de caminhão por ano. Média de 4.700 carretas carregadas por dia.
São mais de dois mil quilômetros até os portos do Sudeste e do Sul pela BR-163, para embarcar rumo aos mercados da Europa, Estados Unidos e Ásia.
Rio Teles Pires

Se fosse via Teles Pires, um rio que corre bem no meio das lavouras, os produtos chegariam ao porto de Santarém, de lá para o Oceano Atlântico. Uma economia de mais de quatro mil quilômetros até os mercados externos.
Uma saca de milho na região vale, em média, R$ 9. Para transportar essa saca até o porto de Santos, pela rodovia, o custo do frete chega a R$ 18, o dobro do valor do produto. Se a hidrovia Teles Pires fosse navegável, o frete cairia para menos de R$ 1 por saca. Segundo a Associação dos Produtores da Região, só com combustível, o Brasil economizaria R$ 2 bilhões por ano.
“O transporte hidroviário tem essas características em termos de custo e eficiência energética, e também aspectos relacionados à questão de emissão, ele é imbatível”, explica Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte.
Os reservatórios de cinco hidrelétricas de médio porte já em construção vão tornar o Teles Pires largo e profundo o suficiente para a navegação ao longo de 850 quilômetros até o Rio Tapajós. Só que faltou planejar a construção das eclusas. Sem elas, as represas se tornarão gigantescos paredões intransponíveis.
Uma falha dessas no projeto original não somente impede a navegação, mas principalmente encarece a obra quando se decide fazê-la depois.

Obra da hidrelétrica em Tucuruí, no Pará.

Foi o que aconteceu em Tucuruí, no Pará. A hidrelétrica ficou pronta na década de 80. Onde também não constava do projeto a construção de eclusas. Resultado: a obra acabou ficando dez vezes mais cara.
O sistema de eclusas da represa de Tucuruí é uma obra faraônica, feita para transpor um degrau de 71 metros de altura entre o nível do rio Tocantins e o do reservatório da usina. Essa obra custou R$ 1,6 bilhão, uma fortuna. E levou três décadas para ser concluída, mas até agora ainda não abriu caminho para o progresso. É que no meio do caminho há pedras.
É um labirinto de 43 quilômetros de rochas entre Marabá, onde começaria a hidrovia, e o lago de Tucuruí. O governo inaugurou as eclusas, mas deixou para trás outro projeto igualmente bilionário: a remoção do Pedral do Lourenço.
As previsões mais otimistas apontam um investimento estimado em R$ 900 milhões para retirar as pedras. As mais pessimistas chegam a R$ 2 bilhões. Enquanto o dinheiro não sai do cofre e os projetos não saem das gavetas, o rio Tocantins, na região do Pedral do Lourenço, só pode ser navegado, no período de seca, por pequenas embarcações como está.
Pelo calendário do Ministério dos Transportes, essas pedras já não deveriam estar mais no local, desde julho de 2011. Mas a obra nem começou. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, o projeto estava muito caro.
“Você constrói a maior eclusa do mundo, que é Tucuruí, mas não consegue resolver o problema de um pedral que existe logo na sequência. Então, na prática, a eclusa não tem utilidade alguma”, declara explica Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte.
O orçamento deste ano do Ministério dos Transportes destina apenas R$ 400 milhões para todas as hidrovias. Menos da metade do mínimo necessário só para retirar o pedral.
Mesmo assim, o ministro afirma que as obras estão nos planos do governo.
“É um elefante branco? Não. É um elefante e a gente quer montar depois nesse elefante e transformar depois a hidrovia em uma realidade”, declara César Borges, ministro dos Transportes.
Hidrovias também desafogariam as estradas no transporte de produtos agrícolas.
“Aqui tem capacidade de cada comboio levar em torno de mil caminhões. Então a substituição é muito grande desse transporte rodoviário para esse transporte hidroviário”, diz Rogério Rodrigues, produtor rural.
“O mundo inteiro faz questão de navegar as suas commodities de maneiras mais econômicas e mais viáveis, fazendo canais inclusive. E nós temos a dádiva divina de rios, pequenas obras de adequação, e não fazemos e estamos desperdiçando eficiência”, afirma Carlos Henrique Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de MT.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Agência dos Estados Unidos quer banir gordura trans por risco à saúde







                         Frituras: alimentos ricos em gorduras trans (Thinkstock)




 Segundo agência reguladora de alimentos do país, medida evitaria 20 000 infartos e 7 000 mortes por ano



Nesta quinta-feira, a agência americana que regula o consumo de alimentos e remédios, FDA (sigla em inglês para Food and Drug Administration), propôs medidas que podem proibir o uso de gorduras trans em alimentos nos Estados Unidos. Pela primeira vez, a agência classificou a substância com "não segura" para consumo, endossando assim diversas pesquisas científicas que apontam os riscos que ela oferece à saúde. A agência afirma que a proibição pode evitar 20 000 infartos e 7 000 mortes por ano no país, segundo informações publicadas no jornal The New York Times.


A proposta da FDA será submetida a consulta pública por 60 dias. Seu objetivo é fazer com que os óleos hidrogenados, que dão origem às gorduras trans, deixem de ser reconhecidos como seguros. Para utilizá-los na composição de alimentos, as empresas teriam que comprovar cientificamente que a gordura não oferece risco à saúde — o que contraria uma extensa literatura científica que aponta os prejuízos das gorduras trans ao organismo.

Brasil — A recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de que o consumo de gorduras trans não ultrapasse 2 gramas por dia. Mesmo os alimentos que estampam no rótulo a informação "livre de gorduras trans" podem trazer pequenas quantidades da substância em sua composição. Segundo a Anvisa, o rótulo pode ser usado desde que o produto contenha, no máximo, 0,2 grama de gordura trans por porção.


Saiba mais
GORDURA TRANS
Trata-se de uma gordura obtida a partir de um processo químico chamado hidrogenação. Por derivar de óleos vegetais, era considerada uma opção saudável na alimentação, mas estudos feitos a partir dos anos 1980 mostraram que a gordura é extremamente prejudicial à saúde. Ela aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom) e, por isso, pode causar diversas doenças. A gordura trans está presente em frituras, em todos os alimentos que levam margarina, além de fast-food, bolachas e pipocas de micro-ondas. Carne e leite possuem quantidades mínimas da substância. Acredita-se que o organismo não sintetize essa gordura, o que faz com que ela se acumule no corpo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a gordura trans não ultrapasse 1% das calorias totais consumidas em um dia por uma pessoa.


Fonte: