domingo, 30 de junho de 2013

Crônica de Dona Dulce Rocque sobre o futebol quando estava na URSS

GOTAS 39

Quando menos esperavamos, começou a Copa do Mundo no México. A televisão soviética não transmitia todos os jogos assim tentávamos escutar no radio as transmissões em alguma outra língua estrangeira. Acontece que os aparelhos que tínhamos nos quartos, só tinham uma estação, a oficial. Os companheiros que tinham namoradas iam para a casa delas a procura de rádio que pegassem estações estrangeiras para depois nos dar as noticias.

O futebol virou argumento de todas as conversas em todos os lugares que estávamos. Logo um dos nossos colocou um problema em discussão: se o Brasil ganhasse ia ser uma vitória da ditadura. Pra quê! Foi uma crise geral. Nenhum de nós tinha pensado nisso, preocupados em demonstrar que éramos os melhores no campo. E, antes que os estrangeiros começassem a nos cobrar, fizemos uma reunião. Nem se discutiu muito. Nei, o nosso chefe, com muita autoridade disse que “seria uma vitória do povo brasileiro, não dos militares” e continuou citando quantos e quais jogadores tinham vindo da “estrada, eram de origem pobre” e que “próprio porque tem uma ditadura o povo precisa dessa vitória”. ...

Era isso que nós queríamos, alguém que nos convencesse que podíamos torcer pela seleção, apesar da ditadura. Aceitamos imediatamente e continuamos a esperar o resultado dos jogos. 

Como imaginávamos, alguns estrangeiros, principalmente latinos, colocaram o problema também. “O uso pela ditadura a próprio favor, de uma nossa possível vitória”, virou discussão em todas as mesas do bar do instituto onde tinha um brasileiro. Nós já estávamos preparados para responder. Depois da reunião com o chefe do grupo, outras em menor escala tinham aprofundado o argumento assim tínhamos várias respostas na ponta da língua. Estudantes de outros países aproveitaram das nossas respostas para torcerem conosco sem constrangimento.
Os estudantes dos países “em via de desenvolvimento” que não participavam da copa, torciam pelo Brasil. Da Europa, dinamarqueses e finlandeses exultavam pela seleção. Os franceses torciam contra nós e os argentinos nos ignoravam, e isso pouco nos importava: era tudo inveja... Alguns me perguntavam por quem eu ia torcer já que o ultimo jogo ia ser contra a Itália. Era só o que faltava!

Para esse ultimo jogo, que ia ser transmitido pela televisão, nós preparamos bem. Caixas e caixas de cerveja foram compradas e colocadas na geladeira. Latinos, dinamarqueses e finlandeses vieram torcer conosco. Depois de tanto exibicionismo de nossa parte lá pelo Instituto, não podíamos perder. Estávamos nervosíssimos e engolíamos azeitonas, salsichas e presuntos com cerveja, sem parar. No primeiro gol do Brasil, quase o edifício vem abaixo. Gritos histéricos, abraços, pulos e mais pulos em cima de cadeiras e sofás. E tome mais cerveja. Outro gol, outros gritos, abraços e pulos. “O nosso povo está feliz, apesar de tudo”, disse alguém para justificar toda essa alegria na frente dos estrangeiros.

Os europeus ali presentes, que, como nós, gostavam de cerveja, já se comportavam como brasileiros. Gritavam, pulavam e nos abraçavam como se tivéssemos ganhado uma guerra, derrotado a ditadura. Começaram a aparecer as primeiras cadeiras quebradas, que foram logo substituídas. O único gol da Itália foi motivo de critica aqueles “reformistas”.

A vitória da seleção causou a quebra de sofás também. Enquanto gritávamos e pulávamos nem notávamos os estragos que estávamos causando. A cerveja acabou e apareceu vodka, rum, de tudo, além de aumentar o numero de bêbados. Mesmo assim, ou, próprio por estarmos nessa condição, ainda decidimos que iríamos para o Instituto como uma escola de samba, fazendo batucada pela rua.

Não sei de onde apareceu tanto instrumento. No dia seguinte, todos os 40 alunos brasileiros saíram batucando, cantando e dançando no meio da rua, felizes da vida, com os dinamarqueses e finlandeses atrás. Os argentinos passaram por nós, mas fingiram não nos conhecer. Muitos outros companheiros nos parabenizaram pela vitória. 
Na rua ninguem entendeu aquela barulhada.

PSDB afirma que chamada 'cura gay' é "retrocesso"

Em nota oficial que condena projeto, partido pretende isolar pastor e deputado tucano que propôs normas

Deputado João Campos PSDB/GO
O deputado João Campos (PSDB-GO). Iniciativa foi condenada pelo próprio partido (Lula Lopes/Agência Câmara)
O PSDB divulgou nota oficial manifestando publicamente "posição contrária" ao Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, chamado de "cura gay" pelos críticos. O projeto, apresentado pelo deputado e pastor evangélico João Campos, filiado ao PSDB de Goiás, tem sido um dos alvos dos protestos pelo país. 
Na Câmara, o projeto teve recentemente parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos, sob a liderança do deputado e também pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Ele estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual e é contestado pelo Conselho Federal de Psicologia.
A nota do PSDB diz: "O partido entende que a proposta, conhecida como ‘'cura gay'’, representa grave retrocesso nos avanços ocorridos no País para reconhecimento pleno dos direitos humanos e contraria resoluções do Conselho Federal de Psicologia e da Organização Mundial de Saúde (OMS), que, desde 1999, rejeitam a classificação da homossexualidade como doença ou desordem psíquica".
A nota isola Campos, que é membro da bancada evangélica. Na terça-feira, em outro movimento contrário aos interesses da legenda, o deputado votou a favor da PEC 37, que pretendia o poder de investigação do Ministério Público. Campos foi o único membro da bancada tucana a tomar essa decisão, já que o deputado Sérgio Guerra afirmou ter se enganado ao votar.
Projeto - Aprovado na semana passada pela Comissão de Direitos Humanos, o projeto de Campos suspende dois trechos de resolução do Conselho Federal de Psicologia. O primeiro deles anula o parágrafo único que diz que "os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades".
O outro trecho sustado da resolução determina que "os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais". O projeto ainda será analisado nas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça antes de ser levado à votação no plenário. 
O deputado, no entanto, nega que o objetivo do projeto seja tratar a homossexualidade. "O projeto não versa sobre a cura gay, pois homossexualidade não é doença", disse ele em ocasião anterior. Segundo o deputado, o que o motivou a propor o projeto foi que o Conselho teria extrapolado suas atribuições ao restringir a atuação de profissionais e, consequentemente, o direito das pessoas de buscarem ajuda.


Protesto - Ontem, em São Paulo, um grupo de cerca de 300 pessoas protestou contra o projeto e contra a permanência de Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Os manifestantes caminharam da Avenida Paulista até a sede do PSC, partido do deputado, na região do parque Ibirapuera.

Fonte: VEJA

quinta-feira, 27 de junho de 2013

SERÁ QUE NO FINAL DAS CONTAS, A CONTA VAI PARA O POVO?


Carlos Alberto Sardenberg, O Globo

Que tal um aumento de 15% na conta de luz a partir da semana que vem? Pois é o que os consumidores do Paraná deveriam pagar se o reajuste não tivesse sido cancelado pelo governador do estado, Beto Richa.
A rigor, ele não poderia fazer isso, mesmo sendo uma estatal estadual a principal distribuidora de energia, a Copel. A empresa é pública, tem ações negociadas na Bovespa e o reajuste foi determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, conforme a estrita regra do jogo.
Mas, sabe como é, 15% na conta de luz quando os manifestantes contra as tarifas de ônibus nem voltaram para casa? Conversa daqui e dali, todo mundo quebrou o galho.
A Aneel não poderia revogar a nova tarifa, mas topou suspender seu “efeito financeiro”, eufemismo para cobrança. A empresa, cujas ações despencaram quando saiu essa notícia, garantiu ao mercado que será ressarcida de algum modo, não sabendo quando, nem como.
Acontece que os custos da Copel efetivamente subiram — e não por culpa dela. A inflação fez uma parte do estrago, mas o custo maior veio da compra de energia mais cara.
Foi o seguinte: choveu pouco, os reservatórios das hidrelétricas ficaram em níveis muito baixos e o Operador Nacional do Sistema, órgão federal que administra o setor, mandou ligar as usinas térmicas, movidas a carvão, diesel e gás, cujo produto é mais caro.
Em resumo, por causa da seca, a energia elétrica ficou mais cara no Brasil — e isso logo depois de a presidente Dilma ter feito a maior propaganda com a redução que havia imposto nas contas de luz.
Deu a maior confusão, uma sucessão de prejuízos: as hidrelétricas não puderam gerar, mas tinham que entregar energia, por contrato; distribuidoras tiveram que pagar mais caro.
A conta deveria ir para os consumidores, mas a presidente não queria. Assim, inicialmente, arrumaram um arranjo financeiro, com prejuízos para geradoras e distribuidoras, mas uma hora a conta deveria ser passada aos consumidores finais, empresas e residências.
Era agora. Além da Copel, nada menos que 17 distribuidoras, divididas por 13 estados, têm reajustes agendados no calendário oficial da Aneel para julho e agosto. (A Light, só em 7 de novembro.)
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, estatal federal que planeja o setor, Mauricio Tolmasquim, disse que não há orientação do governo para suspender os aumentos tarifários. Ou seja, a Aneel continuaria a formalizar os reajustes.
Mas ninguém acredita que serão aplicados, ainda mais depois do precedente da Copel. Caímos assim em um caso clássico: tarifas congeladas por razões políticas, mas custos em alta por causa da inflação e de falhas do sistema. Se continuar assim, a consequência também é clássica: param os investimentos e o serviço piora.
Os governos — federal e estaduais — podem assumir parte da conta, deixando de recolher os impostos. O maior imposto na conta de luz é o ICMS, estadual. (Nada menos que 29% no Paraná, por exemplo.)
Acontece que os governos também estão sob pressão popular para, numa ponta, aumentar gasto em transporte, educação e saúde, e, na outra, reduzir impostos.
Muita gente acha que basta eliminar a corrupção e lucros excessivos das empresas para que todos os objetivos sejam alcançados. Infelizmente não é assim. Há corrupção, certamente, e deve haver gorduras em muitas tarifas de diversos setores, mas o problema maior é a falta de investimentos e de produtividade. Ou seja, é preciso colocar dinheiro novo em todo o setor de infraestrutura.
O governo federal e muitos estaduais decidiram-se pelas privatizações exatamente em busca de capital e eficiência. Mas é claro que o setor privado vai agora pensar muito antes de entrar em qualquer negócio, considerando a pressão popular e política contras as tarifas — a receita do setor.
Eis a difícil situação em que estamos nos metendo. As pessoas estão certas na sua bronca: pagam caro (nas tarifas e nos impostos) por serviços ruins. Não aconteceu por acaso, mas por anos de gestão pública ruim — com gastos elevados em custeio, pessoal e previdência e muito baixos em investimentos, sem abertura de espaço para o investimento privado.
Acrescente a inflação que o governo federal deixou escapar e, para o problema ficar completo, só falta o festival de gastos que o Congresso está preparando. Derrubar tarifas é politicamente inevitável. Mas do jeito que está sendo feito, vai levar a mais déficit público, juros maiores, mais inflação e menos crescimento. Ou seja, a conta vai de novo para o povo.

Carlos Alberto Sardenberg é jornalista.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

NOS BASTIDORES DAS PASSEATAS EM BELÉM



A Sociedade Belenense tem que participar em massa das reuniões gerais no anfiteatro da praça da república para as mesmas nãos serem monopolizadas por radicais de esquerda do PSOL E PSTU e afins, que estão direcionando o movimento popular legítimo, descaracterizando-o e partidarizando.



Inicialmente nas passeatas em Belém era compostas por três grupos que incorporavam outros subgrupos em suas fileiras, que era o #BelémLivre, ( o maior) o pessoal do 'dia do basta', que era ligado à PEC 37, e os partidários da esquerda, representado pelo 'passe livre' (a denominação muda de acordo com a reivindicação focada)


Antes das passeatas é feita uma reunião geral no anfiteatro da praça da república, para se ter um direcionamento, bem como tratar das reivindicações a serem feitas e trajeto da manifestação seguinte. O Movimento #BelémLivre,  cujos coordenadores (que são os mesmos do grupo 'fora do eixo') que iniciaram nas redes sociais e deram o tiro de largada das passeatas, e incorporou outros subgrupos (como os anonymous) e culminou com aquela linda caminhada do Mercado de São Brás até o encontramento, na segunda-feira dia 17/06, tiraram o time de campo.

Foi então que os movimentos partidários de extrema esquerda do 'passe livre' (mas que mudam o nome do evento de acordo com a reivindicação), radicais e violentos, camuflados (ou não) em siglas como JUNTOS, (do PSOL), ANEL (PSTU) circundados por bandeiras do MST, UJS, JPT passaram a tomar a frente e direcionar o movimento.


A estratégias deles é a seguinte: de forma organizada, fazem reuniões privadas combinando as reivindicações e posicionamentos que deverão ser feitas, e então marcam uma 'reunião geral', conduzida por.... eles! Seus militantes são os mediadores, e é pautado, camufladamente, o que eles tinham momentos antes combinado entre eles, em reunião privada. Manipulam para que assim seja. Sempre estão em maior número, e colocam militantes estrategicamente em cada ângulo do anfiteatro, para votarem neles mesmos e/ou direcionar para algo que eles tinham combinado, dificultando quando alguém 'de fora' tenta propor algo diferente deles.


Na II Passeata, a de quinta-feira dia 20/06, que até então estava pacífica, foram eles os responsáveis pela tentativa de invasão e depredação da prefeitura de Belém. Na IV Passeata, a de anteontem (24/06), estava tudo premeditado novamente. Inclusive a confrontação, depredação e acabou resultando na tentativa de colocar fogo no palácio Antônio Lemos com coquetéis molotov.

Posso falar com propriedade pois estive na 'reunião geral' no anfiteatro da praça da república no dia anterior (23/06, último domingo) e vi todo o teatro dos tais militantes. Vi também suas reuniões privadas, nas imediações, antes da reunião maior.

O direcionamento é tão flagrante contra o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que marcaram as duas passeatas seguintes com o mesmo destino final: O Palácio Antônio Lemos. Tanto a de anteontem quanto a de amanhã, terão o referido patrimônio histórico como destino, e isso muito embora pessoas nas redes sociais tenham dado sugestões de que o movimento pudesse ir à outros locais de destino, como a Câmara de Vereadores de Belém, entre outros. Mas prevaleceu a vontade dos 'apartidários'.


Embora eles próprios tenham reivindicações legítimas, como a redução da tarifa, o ressentimento e rancor estraga qualquer tentativa de boa intenção em prol da coletividade. A derrota eleitoral do ano passado está ainda muito presente, quando Edmilson  Rodrigues (PSOL) chegou a liderar no 1º turno com 42% das intenções de votos, e acabou sendo derrotado no 2º turno, pelo atual prefeito Zenaldo Coutinho, (PSDB),  que por sua vez chegou a estar em 5º nos primeiros levantamentos para a eleição municipal. E essa derrota inesperada, do ponto de vista dos militantes e do próprio Edmilson, ainda está engasgada na garganta, razão pelo qual eles investem com espírito revanchista contra o atual alcaide.

O Movimento ainda é do povo paraense e belenense.Continua essencialmente apartidário e em consonância com a insatisfação geral dos brasileiros pelo sistema político vigente e pela péssima qualidade de nossos serviços públicos. Porém, a cada vez maior infiltração desses militantes radicais, está fazendo o movimento diminuir. Na Segunda-Feira (24/06) somente cerca de 4 mil pessoas estavam nas ruas. Bem menos que os estimados 20 mil da segunda-feira anterior, dia 17/06. E se eles continuarem a conduzi-lo, vai perder sua razão de ser pois deixará de ser uma movimento popular legítimo, para ser algo a ser usado em favor de seus interesses partidários e contra seus adversários políticos. E um movimento tão bonito cair nas mãos de irresponsáveis, é a última coisa que todos desejam.


 Militante da ANEL (PSTU) mediando a reunião Geral (camisa verde-musgo)
  Militante do 'juntos' (PSOL) mediando a reunião Geral

  Militante do 'juntos' (PSOL) mediando a reunião geral

                        Militante da ANEL (PSTU) mediando a reunião Geral (camisa verde-musgo)

Anuncio nas redes sociais da plenária do 'juntos', (PSOL) primeiro a reunião entre eles, depois jogam 
na reunião geral camufladamente as suas reivindicações, partidarizando o movimento popular.

domingo, 23 de junho de 2013

Autores do Ficha Limpa lançam o ‘Reforma Política Já’

Com o apoio de 70 instituições, movimento quer aproveitar nova onda de pressão popular para mudar sistema eleitoral em 2014 

Por Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Em tempos de manifestações nas ruas por mudanças na sociedade brasileira e crise da representatividade dos partidos políticos, uma rede formada por 70 instituições inicia, a partir desta segunda-feira, 24, a campanha Reforma Política Já. Os mesmos autores que propuseram a Lei da Ficha Limpa querem promover um chamamento público nacional para colher assinaturas suficientes para a aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular que sugere alterações no sistema eleitoral que possam valer já nas eleições do ano que vem.

A duas principais alterações propostas são a extinção das doações de pessoas jurídicas, e restrições às feitas por pessoas físicas para campanhas; e a realização de eleições proporcionais (para vereadores e deputados) em dois turnos, onde no primeiro os eleitores votariam nos partidos e, no segundo, nos candidatos. Isso, segundo os autores, representaria redução dos custos e maior transparência no processo eleitoral, fortalecimento dos partidos e suas ideias programáticas, e a eliminação do clientelismo e "da nefasta influência do poder econômico nas eleições".
A ideia é não só para transformar a proposta em projeto de lei, como aconteceu com a Lei Complementar 135/2010 (Ficha Limpa), mas sancioná-lo a tempo para que as novas regras incidam sobre a eleição de 2014. "O sistema político brasileiro está tão defasado que não é justo para o Brasil passar por outra eleição com estes moldes", disse o juiz Márlon Reis, cofundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
A campanha pode ganhar força num momento de grande pressão popular. No pronunciamento que fez em cadeia de rádio e TV na sexta-feira, 21, Dilma disse que quer contribuir para a construção de uma "ampla e profunda" reforma política.
A meta da campanha é recolher 1,5 milhão de assinaturas num prazo de 30 dias. O número equivale a 1% do eleitorado brasileiro, mínimo necessário para dar início à tramitação do projeto, que deve estar aprovado, sancionado e publicado no Diário Oficial até a data limite de 5 de outubro, exatamente um ano antes das eleições.
Márlon Reis considera o prazo possível. "Na lei contra a compra de votos, todo o processo, desde o início da coleta de assinaturas até a publicação no Diário Oficial, durou 32 dias", disse.
Baratear. Além da extinção do financiamento de campanhas por empresas, o projeto prevê um teto máximo para doações feitas por pessoas físicas de um salário mínimo por doador. "A ideia baratear as campanhas, pulverizar as doações e impedir que um grande financiador seja o dono do mandato", disse Reis. Ele ressalta que as doações seriam feitas ao partido e não mais ao candidato, como é possível atualmente.
A adoção do que os autores chamam de "voto transparente" também representaria o barateamento do sistema eleitoral, segundo o promotor de Justiça Edson de Resende Castro, membro do MCCE e coautor da minuta do projeto.
Na eleição em dois turnos, o primeiro serviria para a definição da quantidade de cadeiras que ocupará cada partido na legislatura seguinte. Os eleitores votariam nos partidos e não em candidatos, que não poderão participar da campanha nesta fase. Quanto mais votos receber uma legenda, mais cadeiras ocupará no Legislativo.
"Com três meses de campanha no horário gratuito de rádio e TV, as campanhas seriam mais programáticas porque os partidos não teriam outra alternativa senão apresentar e discutir propostas", disse. "O sistema atual não valoriza os partidos." Definida a quantidade de vagas a serem ocupadas por cada legenda, os partidos apresentariam a lista de seus candidatos.
Assim, segundo Castro, seria reduzida em cerca de 70% a quantidade de candidatos ao Legislativo, o que daria maior representatividade aos eleitos.
Fonte: Estadão/Política

quinta-feira, 20 de junho de 2013

PRIMAVERA PARAUARA







Estive (segunda-feira, dia 17 de Junho) nas manifestações em Belém, que ocorreram simultaneamente em várias capitais Brasileiras, e fiquei particularmente orgulhoso de fazer parte da história. Segundo dados da Polícia, 13 mil pessoas, mas com certeza absoluta tinha muito mais... (20 mil nas contas dos organizadores).

Mas fiquei orgulhoso não somente em relação ao mar de gente que saiu DO MERCADO DE SÃO BRÁS ATÉ O ENTRONCAMENTO para reivindicar diferentes causas: Foi Pacífico! e aí a capital do Pará deu exemplo de uma civilidade e cidadania sadia e ao mesmo tempo contundente: Havia protestos contra a Usina de Belo Monte, contra a PEC 37, bem como os gastos excessivos em estádios da Copa, e muitas das palavras de ordem eram no sentido de que se trocaria todos os Estádios, por uma educação, saúde com mais qualidade. Também a corrupção galopante no país e a impunidade foram alvos constantes. Outra coisa que achei legal, foi que o Movimento era essencialmente apartidário.

Só a lamentar que alguns partidos ditos de esquerda, tais como PSOL, PT, PCO, e principalmente o PSTU, cujos militantes insistiram (indo de encontro ao que foi acordado) em levar bandeiras e camisas, e de forma oportunista tentaram se aproveitar dos esforços de cidadania alheios para auto-promoção: Não conseguiram! O Tempo todo foram admoestados, repreendidos,  inclusive com palavras de ordem como : "Sem Partido!, Sem Partido!"

Uma das partes que mais gostei foi o respeito de todos quando se passou pelos Hospitais que ficam ao longo da Almirante Barroso: Todos fizeram silêncio. Pararam os tambores, as palavras de ordem, os apitos, os hinos, e um silêncio respeitador se fez sentir, para não incomodar os pacientes. É um bom início. Gostei de estudantes (que eram maioria, de escolas públicas e privadas, além de universitários e de escolas técnicas) com os rostos pintados e com cartazes REIVINDICANDO CAUSAS DIVERSAS.

A Nova Geração certamente irá mudar este país, pois se hoje temos uma Democracia, ainda não temos uma República, E UMA NOVA FORMA DE FAZER POLÍTICA VAI SE disseminando e se consolidando! Certamente estamos no alvorecer de uma nova era!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Governador Simão Jatene anuncia fibra ótica para todo o Marajó




                Com a iniciativa do Gov.Jatene, o povo Marajoara está no alvorecer de uma nova era de desenvolvimento,               depois de séculos de abandono.
                                                                                                                             

O governador Simão Jatene autorizou, ontem, a inclusão de cabos de fibra ótica no cabo sub-aquático, que levar a energia de Vila do Conde para Ponta de Pedras e demais municípios da ilha do Marajó.

Essa decisão, tomada ontem pelo nosso governador, vai permitir a extenção dos cabos de fibra ótica por toda a ilha, ao longo do Linhão do Marajó, o que, por óbvio, irá melhorar os serviços de comunicação, seja de telefonia ou internet.

Parabéns ao povo marajoara!

Por Nicias Ribeiro, secretário especial de Energia do Estado do Pará.

sábado, 8 de junho de 2013

Igreja evangélica cobra 100 reais para intermediar 'resposta de Deus' ....


Curta o grupo no Facebook cujo link está abaixo, e ajude a combater, divulgando, a corrupção religiosa, impedindo que mais pessoas em situação de fragilidade emocional, física e espiritual, sejam fisgadas por verdadeiros demônios travestidos de ovelhas e servos de Deus:

Link: https://www.facebook.com/BrasilContraIgrejaUniversal