domingo, 20 de março de 2011

NOTA IMPORTANTE


"Olho por olho, e o mundo acabará cego". (Mahatma Gandhi)


Gostaria de esclarecer um detalhe muito importante veiculado neste humilde espaço, e incentivado por mim, que inclusive coloquei meu nome na lista de assinaturas, de uma organização internacional, de nome Avaaz, para pressionar a ONU em aprovar uma medida baseada em um dos seus artigos que diz respeito em implantar uma Zona de exclusão aérea na Líbia.

Esse que vos escreve veiculou inclusive na demora da ONU, nas pessoas de seus membros, em aprovar essa medida, que seria um antídoto contra as matanças perpetradas pelo brutal Ditador Muamar Kadafi, contra aqueles que democraticamente desafiaram seu regime.

Posto isto, gostaria de salientar que a intenção, tanto em colocar meu nome na listagem de assinaturas encaminhada à ONU, pela referida Organização, quanto em veicular aqui na direção de aprovar uma zona de exclusão aérea, foi única e exclusivamente para manter no chão os aviões e helicópteros assassinos de Kadafi, e evitar um massacre de civis, que já estava acontecendo até a providencial aprovação, na quinta-feira, da medida.

E não foi, em absoluto, em promover ou fazer apologia a guerra ou a violência, da qual este blogueiro é intransigentemente contra. Sou defensor da não-violência, e de alternativas para se contornar qualquer conflito, desde que baseadas no diálogo, a na multilateralidade, e não na força física.

Mesmo com a aprovação da zona de exclusão aérea, pelo conselho de segurança da ONU, Kadafi o desrespeitou e continuou seus ataques covardes aos civis que querem mudanças, e dizem não a um governo autoritário e brutal, e isso é inaceitável.

Porém embora a situação tenha chegado ao extremo de os membros da ONU já terem respondido os ataques perpetrado por Kadafi com mais de cem mísseis, e consequentemente já se ter deflagrado um novo conflito armado, não era isso que este espaço estava querendo ou esperando.

Poderia o presidente francês Nicolas Sarkozy, por exemplo, fazer o que fez em agosto de 2008, quando foi dialogar com o presidente russo, Dimitri Medvedev e o 1º ministro, Vladimir Putin, no intuito de um cessar-fogo no conflito em que os russos responderam a um ataque do exército da Geórgia à minorias russas localizadas nesta ex-república soviétiva, no território separatista da Ossétia do Sul.

Na ocasião o presidente francês, representando a União Européia, do qual era presidente rotativo, obteve êxito, e os russos cessaram fogo contra os Geórgios, (que foram atacar minorias russas justamente na fronteira do maior país do mundo, impulsionados pelo seu inconsequente presidente Mikhail Saakashvilli, que deu ouvidos ao beligerante ex-presidente americano George Bush, do qual estava de conluio, por motivos diversos), depois de arrasar o exército deles.

No caso Líbio, o mesmo Sarkozy, que representa a França na ONU, não se poderia ter pegado um avião e ido conversar com Kadafi, e impedi-lo de massacrar seu próprio povo?

Embora tivesse que se tomar uma decisão rápida e difícil, optou-se, mais uma vez, pelo conflito armado, pela guerra....

A humanidade ainda não conseguiu se desvencilhar da lei do talião: olho por olho, dente por dente....

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