quinta-feira, 18 de abril de 2013

REMO JOGA NO LIXO SUA HISTÓRIA NA COPA DO BRASIL







               De Sucesso na Copa do Brasil na década de 90, Nas últimas edições o Remo só tem dado vexames


“Até quando o meu Querido Clube do Remo será comandado por ‘cabeças’ medíocres que se juntarem em um ‘pirão’ não vai dar nem para um bom caldo? “

Quando era mais novo, me lembro das proezas do Clube do Remo na Copa do Brasil, onde eliminou o Vasco em 1991, tendo chegado nas semifinais naquela que (ainda) é a melhor colocação de um clube do Norte e da Amazônia na história da competição.

Também eliminou Botafogo (2001) e Internacional (2003). O Primeiro vencendo em Belém e no Maracanã. Me lembro também, ainda nos anos 90, puxando de memória e não pesquisando, de vitórias marcantes eliminando Goiás e Náutico, com vitória na casa desses respeitáveis adversários. O Remo era a referência do Pará na Copa do Brasil. Me lembro que esperava - em minha adolescência - ansioso por esta competição pois sempre o Remo fazia boa figura, mesmo quando era eliminado, vendia caro e era sempre no sufoco, como uma vez que perdeu para o Atlético-MG do então craque Renato Gaúcho. Como esquecer do confronto com o Corinthians onde empatou fora (0-0) jogando muito bem, e em casa perante um Mangueirão abarrotado, jogava com autoridade e ia eliminar o Corinthians, pois conseguiu fazer 1-0, se não fosse o lance espírita do atabalhoado jogador ‘castor’ que em um lance acidental e no último minuto colocou para o fundo das próprias redes. Mas foi um lance acidental, o time foi melhor que o Corinthians na soma dos dois jogos.

Porém, nos últimos anos veio uma sequência de vexames e eliminações para clubes sem nenhuma tradição, como para o desconhecido Palmas-TO quando perdeu em casa por 3x1, (depois de vencer fora por 2x0), e uma outra ocasião que perdeu para o Figueirense também em casa por 4x2 (depois também de ter vencido e feito um bom jogo fora, onde venceu por 1-0). Também foi eliminado pelo Central de Caruaru perdendo em casa.

Na atual edição, ao ver o confronto com o Flamengo, tanto na derrota em Belém (1-0) quanto no RJ por vexatórios 3-0, fiquei a me perguntar, voltando a memória dos tempos que assistia o Remo na Copa do Brasil quando ele entrava para ir longe, o que aconteceu?

Fiquei envergonhado já na partida de ida, no Mangueirão, quando enfrentou um dos piores times do Flamengo de todos os tempos, que havia perdido para um desconhecido Audax e sido praticamente eliminado do campeonato carioca, mesmo assim o Remo jogou um futebol medíocre, não tendo conseguido se impor em nenhum momento, se acovardando e no final ainda conseguiu a proeza de perder para um adversário que não estava ganhando de ninguém.

Fiquei mais alarmado, ao constatar que muita gente comemorou o fato ter ‘só’ ter perdido de 1-0, pois assim, ficou com toda a renda do jogo, que totalizou quase 700 mil reais.  Também fiquei chocado ouvindo radialistas e comentaristas esportivos dizerem que o Remo jogou bem....Quer dizer, o Remo de hoje entra em campo na Copa do Brasil para não perder  de muito, ao invés de entrar para ganhar sempre  como fazia antigamente – seja qual adversário fosse- ,  inclusive adquirira fama de time imbatível em casa.

Uma das explicações – em minha opinião - para os desempenhos medíocres nesta competição nos últimos anos, é o excesso de importações de jogadores de fora. Isso tira a identidade com a agremiação esportiva e com a torcida e consequentemente a vibração que somente os locais tem quando preparados desde o berço até o time profissional. O Barcelona é um exemplo aí para quem quiser seguir. Quando importava estrangeiros em demasia para seu elenco, o time catalão em 100 anos de história ganhara somente uma Liga dos Campeões. Foi só mudar a política e colocar como base os jogadores das canteras  (formados no clube) que em poucos anos conquistou 3 Ligas dos Campeões.

Aliás fica a pergunta, o Remo tem um trabalho de base? Se tem, porque trouxe todo um time de fora nesta temporada?

O Atual time do Remo praticamente só tem o volante Jonnathan como paraense.

Antigamente, no período que citei onde se fazia excelentes campanhas nesta competição, as estrelas era os jogadores locais, tais como Belterra, Edil, Ageu Sabiá, Giovanni, Rogerinho, Vélber, Rogério Belém,  ..etc e apenas se compunha o elenco com contratações de fora para preencher posições específicas. O Pará não deixou de produzir bons talentos, apenas eles não tiveram mais chance.

Ao longo dos anos, também com presidentes e suas respectivas diretorias que pensam como avestruzes que enterram a cabeça e não pensam de forma moderna e profissional, claro, contribuíram (decisivamente!) para o declínio do Clube nesta competição, que outrora servia para reafirmar sua condição de uma das principais forças do Norte-Nordeste,  e agora não consegue passar nem da 1ª fase.....

Até quando o meu Querido Clube do Remo será comandado por ‘cabeças’ medíocres que se juntarem em um ‘pirão’ não vai dar nem para um bom caldo?

Com a palavra, o fenômeno azul, que tem que tomar a iniciativa de pressionar para o clube abrir suas portas, trazer os milhares de sócios para ter voz (e voto), pois a lógica nos diz que várias cabeças pensam melhor que uma, ou ‘umas’, pois o Clube do Remo atual é uma oligarquia fechada em si mesma, sob uma estrutura política-administrativa arcaica, atrasada e exaurida. Eu digo o Fenômeno azul tem que pressionar, porque não se pode esperar muita coisa de quem se beneficia com o atual sistema. O Atual presidente, disse que faria eleições diretas e não fez, adiou para a próxima vez. E assim as velhas práticas permanecem. Outra coisa a se exigir, é a transparência, pois no primeiro trimestre, o clube arrecadou 3,3 milhões de reais, e alguém sabe me dizer em que foi gasto esse dinheiro?

Pois os funcionários do clube, - um absurdo monumental – continuam com seus salários atrasados....  

As mudanças terão que vir de iniciativas de fora para dentro, caso contrário, continuará sendo um Clube patinando em competições nacionais como a Copa do Brasil, onde antes dava orgulho, e agora só nos dá vergonha....

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