segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

UM BRINDE AOS MARAJOARAS




Por Nicias Ribeiro*


No último dia 16/01/2014, entrou em operação o chamado linhão de Curralinho, integrante da 1ª etapa do Linhão do Marajó, que leva a energia da hidrelétrica de Tucuruí, a partir de Breves, até Curralinho e à vila do Piriá, que é a maior vila daquele município.

         Registre-se que o linhão de Curralinho foi concluído, ainda, no inicio de 2013, mas não entrou em operação devido a necessidade de se aumentar a largura da sua faixa de servidão, que, em muitos trechos, estava aquém do que estabelece as normas técnicas, o que propiciava a ocorrência de blecautes de energia, quando ocorressem chuvas e temporais na região. Aliás, essa operação de aumento da largura da faixa de servidão não aconteceu, apenas, no linhão de Curralinho. Infelizmente o mesmo procedimento teve que ser feito, também, nos linhões de Portel, Breves, Bagre e de Melgaço, que, por varias vezes, foram desligados devido a queda de arvores e galhos por sobre as linhas.

         Com efeito, com a entrada em operação da linha de Melgaço, em dezembro de 2013, e agora a de Curralinho, está totalmente concluída da 1ª etapa do Linhão do Marajó.

Por outro lado, é importante lembrar que as linhas que atendem Bagre, Curralinho e Melgaço operam em 34,5Kvolts, o que permite o atendimento das residências ou indústrias localizadas em baixo dessas linhas ou às suas proximidades, desde que, obviamente, seja instalado o devido transformador pela CELPA.

         Agora, é hora de brindarmos. Brindar àqueles que em nenhum momento deixaram de acreditar que era possível, sim, levarmos a energia de Tucuruí a todos os municípios da Região das Ilhas e do Marajó como um todo. A 1ª etapa já está totalmente concluída. Portel, Breves, Bagre, Curralinho e Melgaço já usufruem da energia de Tucuruí. A 2ª etapa está em curso desde 2013, quando foi elaborado o projeto de se levar a energia da Vila do Conde para Ponta de Pedras através de um cabo subaquático, de 32Km de extensão, levando no seu interior, além dos cabos de alta-tensão que irão transportar a energia, também os cabos de fibra ótica. Bom. Mas este assunto fica para um próximo artigo. Voltemos aos brindes.

Agora devemos brindar ao governador Simão Jatene que, em seu primeiro governo, financiou toda a topografia do chamado linhão de Portel, da “parada do Bento”, na Transcametá, até a cidade de Portel, na época em que poucos acreditavam, inclusive, na viabilidade técnica do Linhão do Marajó. O terceiro brinde é para o ex-ministro Silas Randeau, das Minas e Energia, que aprovou o projeto e determinou que à Eletrobrás o financiasse com recursos da RGR (Reserva Global de Reversão). Outro brinde que deve ser feito é ao engenheiro José Antonio Muniz Lopes- o Zé do Norte como é conhecido, que, como presidente da Eletrobrás, acatou de imediato o comando ministerial, e, após a aprovação técnica do projeto, apartou os recursos da RGR para a sua execução, o que, sem duvida, o livrou de padecer com a extinção do citado fundo da RGR. Um outro brinde é para o ex-presidente Lula, que, mesmo não aplicando nenhum centavo do Tesouro Nacional, abraçou o projeto do Linhão e veio a Breves lançar o inicio das obras. Por último brindemos a CELPA, pela coragem e determinação ao enfrentar os enormes desafios para implantar as linhas da 1ª etapa do Linhão do Marajó, na Região das Ilhas, não só por se tratar de uma região de difícil acesso, mas pelo tipo do seu solo alagado, quase sempre constituído de “igapós” e que exige soluções inovadoras, como a utilização dos postes de fibra de vidro, que, sem duvida, se aplica melhor aos “igapós” que oferece pouca resistência, além, de afugentar os “turús”, que é uma espécie de larva que consome a madeira.

         Mas, além da conclusão da 1ª etapa do Linhão do Marajó, ressaltamos o esforço da atual administração da CELPA em relação a 2ªetapa, não só no que concerne ao processo do licenciamento ambiental, que está no aguardo da licença da instalação das obras, mas, especialmente, pelo projeto do cabo subaquático que está sendo fabricado pela PRYSHIAM, no Espírito Santo, e que deverá ser lançado ao fundo da baia do Marajó entre de fevereiro e março deste ano. E esse fato, é claro, merece brinde muito maior. Um brinde aos marajoaras.

*Nicias Ribeiro é secretário de Energia do Estado do Pará.

3 comentários:

  1. Só alguém muito desinformado para pra crer nesses brindes, rsrsrs... E olhem a que se propõem o brinde!? Aprenda, pelo menos em final de carreira e no vil anonimato político, a ser um justo e cite, ainda que por conta contra gosto, o ex-presidente Lula e a Presidenta Dilma, os maiores responsáveis por essa obra. Agora os imbróglios no estado que o vosso governador do seu partido promove, além de não tecer um mínimo comentário, devaneias sob uma euforia com um brinde de champagne, que me parece, azedou ou está choca. Quem vai beber isso? A rede Celpa (uma das piores prestadoras de serviços à população que o vosso governador ajudou a privatizar num passado recente e que a população tem a maior bronca) e o governador Jatene, o 5º pior do Brasil, divulgado em pesquisa recente? Entendo a torcida, mas a injustiça é para ser combatida.

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    1. Caro Paulo Fernández o ex-presidente Lula fez alguma coisa sim pelo Marajó mas foi muito aquém do que ele poderia fazer, tendo em vista a conjunção altamente favorável quando era presidente: Apoio maciço do congresso nacional, país entregue em suas mãos saneado e estável, com contas públicas inclusive, e sem ter enfrentado crises internacionais durante seu Governo. (o Antecessor, FHC, teve ao menos três graves) por todo isso e mais sua popularidade e carisma, poderia ter "destravado" o Brasil, (e não só o Marajó), no entanto não o fez, preferiu ficar nos populismos e fazer reformas pontuais e acessórias. Mesmo assim, ao contrário do que postaste aqui, o secretário Nicias Ribeiro o cita, lembrando de sua vinda à breves inaugurando a obra. Em relação à Dilma não tenho nada a dizer, pois dela não veio rigorosamente nenhum apoio - substancial - ao Arquipélago. Aliás a presidente trata o Pará como se fosse uma colônia mesmo. Ela só veio uma vez em seus mais de três anos de mandato, (claro que deverá esse ano vir várias vezes, pois tem eleição); Gostaria, Paulo, que citasses os "imbróglios" que o Governador promove, pois desde que assumiu só vejo ele desatar nós deixados pela ruinosa e caótica Administração Ana Júlia Carepa, entre os quais, os mais de 400 milhões de reais de saldo negativo deixados à ele e ainda com o estado devendo a Deus e o Mundo (e sem crédito); Devemos brindar com o Champagne as boas iniciativas e os entraves tirados do caminho, pois senão o fizermos, poderemos voltar a beber o fel da incompetência e da corrupção - hoje irmanadas em aliança da oposição estadual para próxima eleição....

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