quarta-feira, 25 de maio de 2011

Encontrado em Rondônia tribo indígena com apenas 5 integrantes

Certo dia, quando trabalhava na área comercial de uma empresa de Confecções no Rio de Janeiro, atendi um simpático casal de gaúchos, que estavam passeando pela cidade maravilhosa, quando me identiquei como Paraense e amazônida, logo a conversa que já estava boa se desenrolou gostosamente sobre a região Amazônica, ao falar que na Amazônia e particularmente no Pará, havia muitos conterrâneos gaúchos do meu interlocutor, o gaúcho me alertou:

"Cuidado, lá no sul tinha uma floresta que foi devastada e sobrou somente 2% , eles são cupins e agora estão 'subindo' e destruindo a Amazônia"....

O Gaúcho não estava me falando necessariamente uma novidade, pois de fato, vi com meus próprios olhos em minhas viagens pelo interor do Pará que a maioria das serrarias e Madeireiras são de Gaúchos, ou de gente do sul, como Catarinenses e Paranaenses, porém ouvir dele que seus conterrâneos são "cupins" me deixou particularmente impressionado....

Certamente os conterrâneos e demais sulistas que vieram ao Pará não tem os mesmos valores e consciência ambiental que este simpático casal, que ficou em minha memória como uma reminiscência agradável, o que não posso dizer o mesmo dos que tenho o desagradável dissabor de conviver em meu estado, gente gananciosa e que pouco a pouco está destruindo a Floresta Amazônica com suas estúpidas motosseras, quando poderiam estar ganhando a vida até mesmo com a mesma madeira que tanto apreciam, como cupins, (como disse o conterrâneo) de forma manejada e sustentável, isso sem falar de algo mais grave....

É que na sanha pela derrubada de árvores, seja para vender a madeira de forma clandestina e sem que o estado nada ganhe com isso, seja para colocar pasto - outra estupidez - com claros propósitos egoísticos e criminosos de enriquecer indevidamente às custas de um processo predatório, passam por cima de quem quer que seja, inclusive dos indígenas, como se vê na reportagem que publico na íntegra abaixo, que está acontecendo no estado amazônida de Rondônia:


Em Rondônia ainda existem inúmeras tribos vivendo em situação de completo isolamento, dentre elas uma particularmente chama a atenção; é a tribo Akuntsu que atualmente contém apenas 5 componentes.

Até pouco tempo atrás, esta comunidade indígena possuía vários membros, mas as constantes invasões coordenadas por madeireiros e a expansão da atividade pecuária ocasionou a morte de vários de seus integrantes. Os fatores que dizimaram a população da tribo Akuntsu também são responsáveis pelo desaparecimento das reservas florestais no estado.

A FUNAI identificou esta tribo pela primeira vez em 1995. Cinco anos após o primeiro contato a comunidade foi vítima de um massacre atribuído a exploradores da atividade madeireira que possuíam interesses na região habitada pelos índios. O local fica próximo ao rio Omerê, sudeste de Rondônia.Os índios Akuntsu são caçadores e coletores, e confeccionam artefatos a partir de penas, cerâmica e bambu.

O extermínio de populações indígenas tornou a tribo Akuntsu um dos menores grupos étnicos do Brasil. Infelizmente está situação se repete com inúmeras outras comunidades que tem suas terras usurpadas por grandes proprietários. Os massacres e consequentes extermínios sofridos pelas tribos indígenas rompem a nossa ligação com o passado e com a identidade cultural brasileira.

Para Stephen Corry – diretor do Survival International – o século XXI está nos mostrando as fases finais de um genocídio e mesmo que as estatísticas sejam baixas os resultados são bastante representativos. Corry afirma ainda que as populações indígenas só estariam devidamente protegidas quando a sociedade encarasse as perseguições como semelhantes à escravidão e ao Apartheid – regime de segregação racial

Por Erica Rodrigues - Jornal Ciência

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