domingo, 4 de setembro de 2011

Pergunta x Resposta sobre ter armas em casa e suas consequências na perspectiva espiritualista



Ter armas em casa (seja revólver, espada, etc) ou ter que trabalhar com elas (no caso de policiais ou praticantes de esportes) pode trazer algo de negativo para quem as usa? Só o fato de uma arma ser concebida para causar dano já cria uma "egrégora" r

Já leu o Baghavad Gitá?

Entendo que o policial ou segurança que precisa usar uma arma no exercício de sua função apenas cumpre seu dharma (missão de vida, ocupação, realização), como Arjuna. Realiza seu papel no mundo, um papel importante e justo, mesmo que um dia precise usá-la.

Já quem tem arma em casa por "suposta" segurança, não está cumprindo seu dharma. Ao contrário, ele a possui por imaginar mentalmente uma situação crítica e negativa. E pior, reagiu fisicamente (comprar a arma) a uma situação infeliz que criou em sua própria cabeça. Não é de seu dharma matar. Mas é uma atitude (karma) comprar a arma, já prevendo intencionalmente a consequência (karma, ação e reação).

A arma não "cria" uma egrégora. O conceito de egrégora implica em uma série de pessoas fazendo uma atitude por uma série de tempo, uma espécie de holopensene coletivo (pensamentos+sentimentos+energias), a ponto daquilo criar uma instância "protetora" da sua existência. Pelo conceito espiritualista, o comprador da arma tem um holopensene, mas não uma egrégora. Ele talvez ALIMENTE uma espécie de "egrégora negativa", um arremedo de egrégora, mas chamaríamos isso mais de um holopensene coletivo, que não é o mesmo que egrégora (que religiões e ordens tem). Em termos populares, ele entra na "onda baixo astral" paranóica e coletiva em que tanto Datenas quanto bandidos quanto telespectadores sintonizam e alimentam, um mundo mental bárbaro onde todos devem matar e morrer, onde perigos persecutórios estão para todo lado.

Do ponto de vista espiritualista e energético, não seria surpresa se os telespectadores desse tipo de programa ou compradores de armas de fogo atraíssem mais assaltantes que a média, afinal, eles se retro-alimentam mentalmente, e comprar uma arma pensando em matar alguém (ainda que em suposta defesa), além de ser "karma", também é uma maneira de aumentar uma suposta guerra cada vez mais mortal. Quanto mais riscos de armas em casas, pode estar certo que mais agressiva e fatal precisará ser as ações dos bandidos.

Então, pela lógica espiritualista, dentro das crenças desse paradigma, SIM, ter armas em casa seria algo negativo, e poderia até mesmo atrair coisas ruins. Já usá-las como parte de uma profissão necessária e de interesse coletivo, não, até mesmo ao contrário, pois nesse caso sim, as corporações teriam a sua "egrégora" protetora (aí sim egrégora de fato, e não apenas um holopensene coletivo e negativo).

Por outro lado, de acordo com o pensamento de algumas linhas budistas, perguntar-se-ia porque a intenção de trabalhar em algo que causa dor ao semelhante. No caso do policial, a intenção do dharma é proteger. Mas trabalhar em uma indústria de armamentos, por exemplo, mesmo indiretamente, não seria o que chamam de "trabalho lícito". Na medida do possível, o adequado seria ter ações - no amor, no trabalho, na vida - que evitem causar sofrimento aos semelhantes. O dharma de um bom policial seria uma (boa) excessão, que não deveria ser usado para justificar a posse de armas por cidadãos comuns - até exatamente por já haver pessoas preparadas para exercer esse dharma.


Resposta dada por Lázaro Freire,(Foto) Psicanalista e Filósofo. Palestrante Espiritualista, Escritor e Tecladista. Ex-Eng de Software, Ex-Corpiano e Ex-Comungado. Cri-crítico, herege e piadista.Criador do maior fórum virtual sobre estes temas.Seu Formspring é>> http://www.formspring.me/LazaroFreire?utm_medium=email&utm_source=notifications&utm_campaign=bimonthlydigest?1315149264808

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