sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PLANO de MUDAR A CAPITAL JÁ PRONTO NA MESA DOS FAZENDEIROS CASO SAIA A DIVISÃO



Já trabalhei em Marabá, e tenho muitos amigos na região sul e sudeste do Pará, onde seria o hipotético estado de Carajás.

Há uma semana, conversei com três deles que estavam de passagem em Belém, onde tem negócios.Residem em Redenção, embora sejam de sapucaia.

Antes de repassar aqui o que eles me relataram, a respeito do plano que está na mesa dos fazendeiros daquela região com os quais esses amigos tem contato muito próximo, por terem relações profissionais com os mesmos, capturei no Blog do Nassar, um artigo que vem a ser a "cola" ou o "quebra cabeça" que faltava para montar o fidedigno e privilegiado relato que me passaram, confirmando o que os mesmos disseram, vamos ao texto:

Marabá seria apenas capital provisoria de carajás

Segundo o diretor regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Jandir Merla, Marabá seria uma capital provisória e a capital definitiva seria construída entre os municípios de Eldorado dos Carajás, Xinguara, Sapucaia e Rio Maria.

“É justamente nessa faixa do estado paraense que Daniel Dantas (foto, acima, no centro) mais comprou terras nos últimos tempos, vejo o gado como fachada, pretexto. Para mim, o grupo de Dantas por ser muito forte teve informações privilegiadas e sabia que a nova capital de Carajás poderia ser construída naquela região”, diz.

O texto completo pode-se ver em http://www.brasildefato.com.br/node/7300, copie e cole em seu navegador.

Posto este texto, o que meu amigo (que prefiro preservar-lhe de dizer seu nome, evitando exposição desnecessária) disse foi que os fazendeiros da região pretendem colocar a capital do Carajás, caso ele saia, na faixa de terras que o texto acima menciona, porque seria uma forma de vender cerca 500 mil alqueires de terras ao Incra, e este distribuir em lotes de 10, 20 mil alqueires, para se fazer reforma agrária,já que há uma pobreza reinante (e mantida) na região, principalmente de migrantes maranhenses fugindo da devastação da oligarquia dos Sarney.

Assim, como se previa, a venda milionária (ou bilionária) ao Incra, único em condições de comprar tamanha quantidade de terras, que grande parte foi grilada, fará circular dinheiro em circuito fechado nos bolsos de poucos, e pior, dinheiro público, nosso, que tornará mais milionários, bilionários uma dúzia de fazendeiros e empresários da região que já são multi-milionários....

Como se previa, a divisão beneficiará poucos, em detrimento dos muitos pobres que tem esperanças que suas vidas mudem...

A pobreza na região, como disse, não é combatida porque é necessária,tanto que este meu amigo viu com seus próprios olhos o supermercado araguaia, em Redenção, distribuir cerca de 300 cestas básicas para o MST e demais migrantes miseráveis vindos em geral do Maranhão,e porque distribuem cestas básicas?

Justamente porque essa massa de indigentes será importante no plano maquiavélico dos fazendeiros e empresários da região, então é interessante para eles mantê-los por perto, para lhes distribuir os lotes....

Um dos amigos disse que mais de 200 cabeças de gado morreram na agropecuária santa bárbara, recentemente, controlada pelo banqueiro Daniel Dantas, e nada foi feito...ninguém ligou....porque? "porque os gados são para lavar dinheiro" me relatou o outro amigo da região....

Então, seria incorreto inferir que todos que estão empenhados na proposta de dividir o Pará tem o mesmo pensamento escuso, mas certamente grandes e intrincados interesses permeiam nas mesas dos fazendeiros da região que abriga milhares de cabeças de gado, 11 helicópteros, entre outras riquezas com dinheiro sabe-se-lá-de-onde...

Para estes, a divisão, se vier a sair, será uma grande negócio....

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