domingo, 18 de novembro de 2012

MARANHÃO: O FUTURO PENHORADO


Por @LigiaTex - Blog Marrapá - http://www.marrapa.com/
Nenhum outro estado do Brasil teve a coragem de pedir um empréstimo ao BNDES no valor solicitado pelo  Maranhão (R$ 3,8 bilhões) e nenhum outro governo teve a audácia de pedir a aprovação desse empréstimo sem  discuti-lo detalhadamente com a sociedade a respeito da destinação dos recursos
Enquanto todos os demais estados do Brasil investirão os valores obtidos no BNDES em obras específicas de infraestrutura, no estado do Sarney , com o sugestivo nome de “Viva Maranhão” a Assembleia Legislativa aprovou um empréstimo imoral sob o pretexto genérico de combater a pobreza no Estado.

O silencio cúmplice da imprensa

Em qualquer outro lugar do mundo um estado pedir um empréstimo de 3,8 bilhões seria um escândalo de proporções estratosféricas, mas no Maranhão, onde tudo pode, a aprovação do empréstimo passou como se fosse uma coisa qualquer, de rotina, sem que a imprensa e a sociedade pressionassem o governo a dar maiores explicações

Um poder engessado

A ausência de debate e a aprovação do projeto em regime de urgência demonstram a inutilidade do poder legislativo. Com uma oposição diminuta e encurralada pela bancada governista, os deputados contrários aos empréstimos não tiveram força nem mesmo para pressionar pelo detalhamento do projeto de lei aprovado de afogadilho.
Com mais esse empréstimo, a dívida do Maranhão com o BNDES passará das casas dos 10 bilhões de reais. Uma conta a ser paga pelas próximas gerações e que servirá, muito provavelmente, para a realização de convênios suspeitos com as prefeituras do interior. O que na prática, significará compra de apoio para o candidato do governo do Estado nas eleições de 2014.
Resta listar os abnegados deputados estaduais que votaram contra mais esse crime cometido pelo Governo do Estado: Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PT), Othelino Neto (PPS), Eliziane Gama (PPS), Carlos Amorim (PDT), Cleide Coutinho (PSB) e Gardênia Castelo (PSDB).

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